MAX 2018: de rodadas de negócio a Film Commissions e games, evento traz informação e oportunidades

Começa hoje (28), a terceira edição da MAX – Minas Gerais Audiovisual Expo, realizada na capital mineira, Belo Horizonte, com programação até sábado, 1º de setembro. Com três dias de painéis e rodadas de negócio entre quarta e sexta-feira (29 e 31), o evento ainda conta com uma programação cultural com exibições de longas-metragens e exposição sobre cinema. Inclusive, é esta parte do encontro que dá início à esta edição, com Mostra de Curtas durante todo o dia e uma exibição especial à noite, com direito a Cine Concerto com a Orquestra de Câmara SESIMINAS.T

Foco em negócios do audiovisual

Apesar de ter atrações culturais, o evento tem como foco movimentar o mercado audiovisual brasileiro, sendo um ponto de encontro para promover principalmente negócios. Segundo a organização do encontro, a expectativa desta edição é bater o potencial de negócios atingido em 2017, avaliado em R$ 380 milhões. Vale lembrar que o valor foi considerado 45% maior do que o conquistado pela primeira realização da MAX em 2016. Em termos de público, em 2017 o evento recebeu mais de 30 mil pessoas.

O foco em oportunidades para este setor fica bem claro, inclusive, com a programação de rodadas de negócio que receberão mais de 200 projetos audiovisuais credenciados previamente para serem apresentados a mais de 30 players do mercado. Entre esses players estão canais, plataformas digitais, programadoras, investidores, coprodutoras e distribuidoras como Canal Brasil, Canal Curta!, Fox, Elo Company, H2O Films, Investimage, O2 Play, GNT, VIDEOCAMP, Vitrine Filmes, MTV, Sony e Telecine. Entre os projetos, estão propostas de conteúdos diversos, de reality shows a documentários, contando também com séries e longas-metragens.

Além disso, sessões de Pitching serão realizadas com produtores que tenham projetos em fase de desenvolvimento, bem como agendas de relacionamento estarão abertas a profissionais de áreas como música, publicidade e design. Outro destaque é a mesa-redonda “Regulamentação do VOD”, que reunirá representantes da ANCINE, BRAVI, Academia de Filmes e Blaler Falsetti Associados.

De ficção a documentário e animação: análises e debates

O tema da MAX é “Indústria Audiovisual 360°” e a programação de seus painéis de capacitação e debate tentam cobrir essa proposta com temas diversos, incluindo análises de mercado para gêneros de produção. Nesse sentido, mesas como a de “Análise de mercado: animação mineira” prometem um olhar tanto analítico quanto de promoção da descentralização da produção brasileira. Com essa mesma linha, estão debates sobre o audiovisual como estratégica de desenvolvimento regional e sobre os esforços para promoção e produção de conteúdo regional.

Também fazem parte dos painéis assuntos como a criação de séries de ficção, avaliação do mercado – nacional e internacional – e do papel do documentário para a sociedade, case FOX de criação de conteúdo próprio, análise de mercado para a animação brasileira, planejamento de filme evento, licenciamento de produtos, entre outros. Destaque também para o painel “Geração Alpha: o desafio de produzir conteúdo para as novas gerações”, a análise de mercado de webséries, branded content e para as conexões entre as indústrias de música e audiovisual.

VR, realidade mista e games: da criação ao mercado

Provando que nem só de TV e cinema se forma o audiovisual, a MAX conta com painéis sobre tecnologias e mídias recentes como a realidade virtual (VR), a realidade aumentada (AR) e a realidade mista, bem como sobre o setor de videogames.

Só entre quarta e quinta-feira (29 e 30), serão realizados dois painéis sobre VR, AR e realidade mista como formatos para produção de narrativas, tanto da perspectiva da análise de mercado quanto sobre as dificuldades de criação de conteúdos no País. Já quanto aos games, o evento recebe debates sobre a criação do áudio nos jogos eletrônicos, perspectiva de mercado no Brasil, além de universos narrativos e transmídia.

Investimento, Film Commissions e linhas de apoio governamental

Como forma de promover as oportunidades do mercado nacional, a programação inclui painéis sobre fundos como o FUNCINE Minas Gerais, fundo criado pela Codemge e que deve investir R$ 50 milhões até 2023 em produtoras do Estado. Quanto à ANCINE, a agência participará de painel junto à BRAVI para apresentar as novas linhas de investimento do Fundo Setorial do Audiovisual, enquanto o evento também terá mesas-redondas como “Mecanismos de Investimento na Indústria Audiovisual” e “Oportunidades de Negócios Internacionais: Brasil e Canadá”.

Ainda, a sustentabilidade do audiovisual enquanto indústria será um dos debates-chave do evento, assim como a minimização de riscos na produção e as normas gerais e tecnologia da acessibilidade de conteúdo. Por outro lado, a MAX receberá o VI Encuentro Latinoamericano de Film Commissions, que abordará o diálogo entre entidades semelhantes de diversos países da região para promover produções, o debate do papel de uma Film Commission e sua estrutura legal.

Mais da programação MAX 2018

– Distribuição: esse será o tema de alguns painéis com destaque para o “Selo ELAS”, no qual a Elo Company apresentará a iniciativa que visa promover produções de profissionais mulheres. Outros assuntos semelhantes são estratégias para distribuição de conteúdo, criação de canais, curadoria e capacidade de mobilização social.

– Cultura: o evento conta com exibições de filmes em todos os dias de realização, incluindo títulos estrangeiros como Pulp Fiction: Tempo de Violência, O Pequeno Príncipe, Tubarão e Forrest Gump: O Contador de Histórias, além de nacionais como O Menino e o Mundo e Santino e o Bilhete Premiado. Outro destaque da programação cultural é a Mostra de Curtas, com exibições em todos os dias do encontro, e a Mostra de Cinema Educativo para Crianças. Por fim, a atração Concerto Mineral fecha a MAX 2018, tendo duas apresentações, uma na sexta (31/08) e outra no sábado (01/09).

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