Os planos da produtora de som Lab657 e do estúdio de mixagem JLS

Prodview visitou a estrutura da JLS, estúdio de som e mixagem criado por José Luiz Sasso, e conversou com Daniel Sasso, fundador da Lab657, produtora de som que opera junto à JLS em São Paulo (SP). A Lab657 também esteve presente no Hyper Festival Brazil 2018, no qual realizou quatro experiências com som tridimensional, sem uso de imagens, provando a capacidade de imersão do áudio.

“Foi muito importante participar do Hyper. Admiro o esforço do Fabio Hofnik em realizar o evento, que é o único que fala desse mercado, onde queremos atuar mais: realidade virtual, aumentada e mista (VR, AR e XR). Acabamos com nossos cartões”, comentou Daniel Sasso.

O executivo contou sobre a criação da Lab657, que foi fundada oficialmente no início de 2018, embora tenha demorado certa de seis meses para ser estruturada e formalizada. A expectativa é de que, em 2019, a empresa seja lançada para o mercado de maneira mais abrangente. “Somos uma produtora que atende essa área de Sound Design e mixagem, só que estamos tentando pegar um mercado que as produtoras de áudio mais convencionais ainda não chegaram como a realidade virtual, realidade aumentada e games”, explicou.

Daniel apontou ainda que o som tridimensional tem mais barreiras no cinema e na televisão, mídias nas quais o mais importante é o que se passa na tela, do que nas novas mídias como o VR e a AR. No entanto, ele ponderou que muitos filmes mais modernos têm explorado mais a tridimensionalidade do áudio, especialmente com a chegada de sistemas como o Dolby Atmos. “É algo que precisa ser bem pensado, senão você pode acabar quebrando a imersão. O som precisa sempre estar a serviço do filme ou qualquer que seja o conteúdo”.

Ainda neste ano de 2018, a empresa já iniciou trabalhos com a ARVORE Immersive Experiences, com a qual colaborou em detalhes de finalização do áudio do game Pixel Ripped, comandado pela Ana Ribeiro. Para 2019, uma das expectativas de Daniel é estreitar mais ainda o relacionamento entre as companhias. Além disso, a Lab657 não deve se fechar apenas no mercado do audiovisual, ainda que mantenha este como um de seus principais focos de atuação, mas também está aberta a trabalhar em instalações artísticas, projetos de publicidade e muito mais.

Já a JLS, em 2019, deve continuar como uma infraestrutura que atende a todo o mercado audiovisual brasileiro. Inclusive, em meados de março, deve receber em seus estúdios o processo de finalização do longa-metragem nacional Turma da Mônica – Laços. Outra expectativa para o ano que vem é a inauguração de um estúdio para trabalhar som tridimensional para televisão por meio do sistema Dolby Atmos.

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