Edital investirá R$ 38,8 milhões em coproduções internacionais com produtoras brasileiras
Durante o 10º Ventana Sur, realizado ente 10 e 14 de dezembro em Buenos Aires (Argetina), a ANCINE lançou uma linha de apoio financeiro à coprodução internacional para cinema e TV que envolva produtoras brasileiras como participantes minoritárias ou majoritárias de projetos audiovisuais.
Diferente de outros editais de coprodução, o chamado “Edital de Coprodução Internacional” não limita as nacionalidades que podem participar ao lado de empresas brasileiras. A limitação, no caso de países que não têm acordos bilaterais com o Brasil, é de que no mínimo a produtora brasileira em questão tenha 40% do projeto. Atualmente o País tem editais bilaterais com Chile, Portugal e Uruguai, com previsão de novos editais com Canadá e Argentina para 2019, sendo que este último já foram oito anos de editais e 14 projetos beneficiados.
No total, o edital de fluxo contínuo investirá R$ 38,8 milhões, aproximadamente cerca de US$ 9,2 milhões. Desses, R$ 18,15 milhões serão dedicados a projetos cinematográficos e R$ 18,65 milhões para projetos televisivos. Projetos para cinema ou TV com empresas brasileiras como majoritárias podem receber até R$ 3 milhões, enquanto em caso de minoritárias o máximo será de R$ 1 milhão. Há também um limite por grupo econômico de R$ 4 milhões. “O objetivo é fazer com que o empreendedor do audiovisual brasileiro consiga ser mais competitivo no mercado internacional, para coproduzir mais e atrair mais investimento”, explicou Christian de Castro, diretor-presidente da agência durante o evento argentino.
Entre as condições de elegibilidade para os projetos estão o contrato de distribuição ou distribuição própria para cinema, o Reconhecimento Provisório na Contratação – RPCI e contrato de pré-licenciamento no Brasil. Caso o projeto tenha uma produtora brasileira minoritária, algumas outras exigências são feitas como contrato de TV no país coprodutor, o valor solicitado precisa atingir no mínimo 50% do financiamento realizado pela empresa brasileira, além disso, os projetos (cinema ou TV) precisam ter sido selecionado em editais e/ou fundos internacionais ou já ter pré-venda internacional estabelecida.
Vale apontar que diretores iniciantes brasileiros com até 2 longas-metragens que já tenham sido premiados em festivais internacionais ganham uma pontuação extra de 10% na concorrência a este edital. Além de pontuações, ainda serão analisados o plano de negócio do projeto, os talentos envolvidos e a estratégia comercial, entre outros requisitos.