Festival de cinema acessível de Pernambuco inscreve realizadores
O Festival VerOuvindo de Filmes com Acessibilidade Comunicacional do Recife chegará a sua 5ª edição entre os dias 23 e 28 de abril e está com inscrições abertas para realizadores de cinema e profissionais da acessibilidade comunicacional de todo o país.
O festival pernambucano, que é o único do Brasil a premiar profissionais da audiodescrição e um dos brasileiros com programação totalmente acessível a pessoas com deficiências sensoriais, receberá inscrições de curtas de 5 a 25 minutos com audiodescrição até dia 13 de fevereiro para concorrer na Mostra Competitiva. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas pelo site do festival.
Além da Mostra Competitiva, o festival está com inscrições abertas também para a I Jornada VerOuvindo, novidade da próxima edição, voltada para o compartilhamento de conhecimentos e reflexão sobre o fazer da acessibilidade comunicacional. Nesse caso, pesquisadores, professores e estudantes poderão apresentar comunicações orais de suas pesquisas na área dentro do Painel de Acessibilidade Comunicacional, que acontecerá no dia 26 de abril, com inscrições abertas até o dia 28 de fevereiro. O objetivo é aliar reflexão da produção de acessibilidade com a fruição dos próprios filmes no festival.
O Festival VerOuvindo é o primeiro e o único do país a promover uma mostra de cinema exclusiva para premiação a profissionais da Audiodescrição, sendo pioneiro no circuito de festivais e no fomento à prática da acessibilidade comunicacional do Brasil. Atualmente, ele é o único no Nordeste e um dos poucos do Brasil que promovem sessões totalmente acessíveis, voltadas ao público com deficiência, contando em todas as exibições com recursos de audiodescrição (AD), legendas para surdos e ensurdecidos (LSE) e Libras, além de promover espaços formativos na área ao longo de suas edições.
Para Liliana Tavares, idealizadora e coordenadora do VerOuvindo, esse é momento de congregar pensamento e prática da acessibilidade no debate dos cenários futuros. “Queremos reunir pessoas que pensam e ou produzem acessibilidade comunicacional (Libras, LSE e AD), para trocar ideias, pensar em soluções inovadoras, para criar. Os recursos de acessibilidade já estão sendo encarados com parte da estética da obra, e isso provoca uma guinada na forma de trabalhar tanto por parte dos profissionais quanto da parte das produções. É sobre isso que estaremos discutindo”, explica a audiodescritora.