No Pitching de Ideias dos Laboratórios de Roteiros, os participantes apresentaram seus projetos aos colegas e a um júri formado por Di Moretti, instrutor do Laboratório de Roteiro Cinematográfico; Rosana Urbes, responsável pelo Laboratório de Roteiro para Animação; Aurélio Aragão, instrutor do Laboratório de Séries para TV; e a produtora Leila Bourdoukan.

Com um formato dinâmico e divertido, no pitching cada participante teve um minuto para expor suas ideias de forma precisa e sucinta. Os jurados tinham um minuto para fazerem suas considerações, e os alunos, um minuto para responder aos questionamentos. Além de explorarem os formatos e técnicas de roteiros, os instrutores também deram dicas para a construção de uma apresentação assertiva e clara, uma vez que o formato de pitching é cada vez mais utilizado em exposições de projetos cinematográficos, inclusive em outras atividades do Brasil CineMundi.

“Tivemos turmas atuantes e muito participativas. Conseguimos fechar um primeiro ciclo ao ofecermos várias possibilidades de criação de roteiro, para ficção, documentário, animação e séries. A implementação do pitching colaborou para a integração da turma e fomos surpreendidos pela maciça participação de todos”, comemora Di Moretti.

Durante o pitching, os roteiros apresentados mostraram a pluralidade criativa possível de serem desenvolvidas em curtas, longas-metragens e séries. Os jurados escolheram as melhores ideias, que foram premiadas com medalhas, ressaltando a descontração e informalidade do encontro.

Um dos projetos escolhidos foi “Onde termina o céu”, de Bruna Horta, que fez o laboratório de Roteiro Cinematográfico com Di Moretti. A aluna conta que, em 2016, já havia participado de uma oficina com o instrutor na Mostra de Cinema de Tiradentes e apresentou o mesmo roteiro. Desde então, o projeto ganhou novos direcionamentos e está em uma nova fase. “A partir desse encontro, consegui enxergar melhor os personagens e os protagonistas do filme. O contato com outros participantes também é muito bom, pois o feedback dos colegas traz uma movimentação muito positiva que motiva a seguir com o projeto”, comenta Bruna.

Rafael Augusto Assunção participou do Laboratório de Roteiro de Animação e partilha da opinião da colega. Para ele, a oficina foi uma oportunidade de se debruçar em um projeto que já o acompanha há um tempo, mas que exigia maior elaboração. “Participar da oficina foi uma experiência incrível, onde pude desenvolver mais meu projeto. Compartilhar as ideias com outras pessoas certamente ajuda a encontrar um formato melhor para o roteiro”, destaca.

Di Moretti se impressionou com a qualidade dos projetos, especialmente das propostas de documentário. “Acredito que isso seja um reflexo do que estamos vivendo no Brasil. Apareceram ideias muito boas, com bastante contexto social e também novidades nas abordagens e na forma”, comenta. Ele acredita que a realização dos Laboratórios de Roteiro durante o 10º Brasil CineMundi anima ainda mais os estudantes, pois os coloca dentro de um processo maior. “É um estímulo para extrair novas ideias e colocá-las no mundo”.