4º SAPI teve programação diversificada e diálogo para além do Centro-Oeste

O SAPI chegou a sua quarta edição em 2020 e, pela primeira vez, em formato totalmente virtual. Consolidado como um espaço de discussão, troca e conexão para o mercado audiovisual do Centro-Oeste do Brasil, a programação de 2020 levou os participantes para um espaço novo e exclusivo por meio de uma plataforma digital entre os dias 1º e 4 de dezembro.

Neste ano, o mercado teve o desafio de pensar alternativas em meio à crise que atingiu o setor audiovisual e com isso refletir o presente e apontar caminhos para o futuro. O evento, que tinha como marca a proximidade e troca entre produtores e convidados, foi redesenhado para o formato on-line de forma que a sua essência não se perdeu.

Ultrapassando as barreiras físicas com o formato virtual, o mercado convidou as outras regiões brasileiras ao diálogo com o Centro-Oeste. “O mercado está muito fragilizado, este ano mais do que nunca. A programação esteve no sentido de pensar alternativas de fomento do setor”, explica Lidiana Reis, coordenadora do 4º SAPI. Quais são os nossos casos de sucesso? O que fazer enquanto não estou produzindo? O futuro é on-line? Esses foram alguns dos questionamentos discutidos ao longo dos quatro dias de programação.

Outra novidade de 2020 foi o I Prêmio CORA que, não por acaso, nasceu em meio a crises que fragilizam o mercado audiovisual brasileiro. Foram inscritos 26 projetos dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, entre ficção, documentário e animação.

O projeto premiado foi contemplado com um ciclo de consultorias em roteiro, produção e distribuição com Nara Normande, Joelma Gonzaga e Barbara Sturm.

 

 

Destaques da Programação

Um dos estudos de caso promovidos pelo 4º SAPI foi do filme Sementes: Mulheres Pretas no Poder (2020), de Éthel Oliveira e Júlia Mariano. O documentário acompanha algumas das mulheres pretas que emergiram no cenário político do Brasil após o assassinato de Marielle Franco. A atividade propôs analisar e entender o processo de realização do filme, que possui um plano de financiamento que agrega incentivo internacional. A série Boca a Boca, da Netflix, também ganhou um estudo de caso onde Esmir Filho, criador da série, conta sobre o processo desde a concepção até a sua chegada ao público. Ainda pensando em documentário, o diretor Fernando Segtowick contou a trajetória de sucesso do documentário paraense Reflexo do Lago, que chegou ao Festival de Berlim.

Compreender um pouco mais sobre fundos e laboratórios internacionais foi o conteúdo do painel Show me the fund, uma parceria com o Projeto Paradiso. As mentorias e cursos de formação continuaram como parte da programação deste ano, como o curso Como apresentar você e seu projeto no mercado?, que foi ministrado por Barbara Sturm.

Ampliando o diálogo com o audiovisual mundial o SAPI recebeu a masterclass O que é audiência? com a produtora  dinamarquesa Valeria Richter. Valeria é uma produtora criativa e roteirista que desenvolve, treina e dá consultoria nas áreas de longa-metragem, séries de TV, criação e inovação. Desde 2008 trabalha no TorinoFilmLab criando, entre outras coisas, a abordagem de design de público, onde escreveu um livro sobre o assunto, ainda inédito no Brasil.

O 4º SAPI é uma realização da Panaceia Filmes e Eufemia LAB com patrocínio da Videocamp, apoio do Projeto Paradiso, colaboração do Sebrae e Coletivo Centopeia e parceria do NordesteLAB, Matapi, Diáspora Conecta, F+ E, Cinema do Brasil e Brazilian Content.

“Pensamos em várias formas de continuar produzindo audiovisual, promovemos encontros entre diretores e produtores, realizamos oficina, workshop e 4 estudos de casos, 2 painéis e mais de 30 horas de conteúdo e mais de 40 convidados”, contou a realizadora do SAPI, Lidiana Reis.

 

Confira como foi a abertura:

E o encerramento:

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