25a MCT: Abertura tem performance audiovisual e homenagem ao cineasta Adirley Queirós

A 25a Mostra de Cinema de Tiradentes abriu o calendário audiovisual brasileiro na última sexta-feira, 21 de janeiro, pela plataforma on-line do evento www.mostratiradentes.com.br. A vasta programação gratuita segue até o dia 29, com exibição de 169 filmes, entre longas, curtas e médias-metragens, em pré-estreias e mostras temáticas; presença virtual de 119 convidados no 25o Seminário do Cinema Brasileiro, com 38 debates, a série Encontro com os Filmes e rodas de conversa; a realização de oficinas e atividades como performance audiovisual, exposição, shows e atrações artísticas.

A cerimônia de abertura teve a apresentação do eixo temático de 2022 “Cinema em transição” e a homenagem ao cineasta do Distrito Federal Adirley Queirós. A transmissão da tradicional performance audiovisual que abre a Mostra apresentando a temática desta edição teve as participações especiais da atriz Aisha Brunno, o músico Barulhista, a cantora Lira Ribas, o baterista Marcelo Dai, o cantor Marcelo Veronez e a multi-instrumentista Nath Rodrigues. A locução é de Grazi Medrado. A criação e direção é de Chico de Paula e Ricardo Alves Jr e roteiro de ambos junto com Raquel Hallak, coordenadora geral do evento.

Seguido à abertura, ocorreu o debate inaugural “O percurso de Adirley Queirós”, que contou com a participação do cineasta homenageado, junto às convidadas Cristina Amaral, montadora; Dácia Ibiapina, diretora; e de Francisco Craesmeyer, técnico de som direto, que atuou com Adirley em todos os seus filmes. Na conversa, com mediação da curadora Lila Foster, discutiu-se a importância histórica e estética de filmes como “Branco Sai Preto Fica” e “Era Uma Vez Brasília” para o cinema contemporâneo e detalhes sobre a trajetória de um realizador que veio da Ceilândia e venceu a Mostra Aurora em 2012 com “A Cidade é uma Só?”.

Completando as atividades da abertura da Mostra, em seguida ao debate, foi liberado o sinal do filme “Fragmentos de 2016 em Dois Episódios”, trabalho recente de Adirley codirigido por Cássio Oliveira que surge de um projeto de série de TV realizado por ambos. Influenciados pelo impacto do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, os realizadores buscaram refletir o formato de TV e suas frustrações e decepções diante do cenário político e dos desdobramentos posteriores.

 

“MEU CINEMA É UMA VONTADE DE REINVENTAR EXPERIÊNCIAS”, DIZ ADIRLEY QUEIRÓS, HOMENAGEADO NA 25ª MOSTRA DE TIRADENTES

Emocionado, ele agradeceu a todo o carinho e a presença de admiradores, amigos e parceiros de trabalho, exaltando que o tipo de cinema que faz aproxima todos eles e se mistura a seu cotidiano. “Meus filmes não existem enquanto ideia de roteiro, de peça literária em que tudo é minuciosamente pensado. Os filmes existem é só depois do encontro com as pessoas, com os espaços, com as histórias, na troca, na experiência”, disse ele. “E essas experiências acumulam camadas na gente. Não penso o filme como trajetória de mercado ou carreira, e sim como a vontade de reinventar alguma coisa me apropriando de modelos de produção que estão por aí”.

Assista a abertura completa:

 

 

 

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