25a MCT – Mostra Homenagem: obras do cineasta Adirley Queirós

O público terá a oportunidade de acompanhar na Mostra Homenagem, grandes obras do cineasta Adirley Queirós. A programação trouxe um recorte de seus principais documentários e ficções.

Vencedor da Mostra Aurora em 2012, o longa “A cidade é uma só?” mistura documento e história a partir de uma reflexão sobre a Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), realizada em 1971, que removeu os barracos que ocupavam os arredores de Brasília e levou seus moradores, entre eles parte considerável dos trabalhadores que edificaram o plano piloto, para um território nos arredores da capital.

Durante a passagem da Copa do Mundo do Brasil por Brasília, o documentário “Meu nome é maninho” acompanha a história de Maninho, um ex-jogador de futebol profissional que hoje trabalha como ambulante, vendendo garrafas de água e bandeiras das seleções.

A ficção científica “Branco sai, preto fica” se passa em um futuro próximo na Ceilândia, já apartada radical e oficialmente do Distrito Federal como território estrangeiro. Dois personagens interpretados por Marquim da Tropa e Shockito foram mutilados no passado em uma invasão da polícia em um baile. Um viajante do tempo, interpretado por Dilmar Durães, vem do futuro para investigar a história e encontrar os personagens.

O documentário “Rap, o canto da Ceilândia” reúne diálogos com quatro consagrados artistas do Rap nacional (X, Jamaika, Marquim e Japão), todos moradores da Ceilândia, cidade-satélite de Brasília. O filme mostra a trajetória desses integrantes no universo da música e faz um paralelo com a construção da cidade onde moram.

O documentário de média-metragem Fora de Campoaborda o proletariado do futebol, especificamente jogadores da segunda divisão do DF. No Brasil, existem cerca de 500 clubes de futebol profissional. Apenas 8% fazem parte da chamada “elite” do esporte. Nesse mundo de clubes pequenos, longe dos patrocínios milionários e de uma infraestrutura técnica e médica, atletas continuam a esperar uma segurança sempre distante.  

A ficção “Dias de greve” retrata uma greve de trabalhadores em uma pequena serralheria. A suspensão provisória do trabalho coloca os personagens em uma relação diferente com o cotidiano, entre o lazer e a experiência de um tempo não produtivo. A contradição: reféns do trabalho percebem que esse tempo “livre” é estranho às suas necessidades materiais, às suas responsabilidades e demandas.  

Também integram a Mostra Homenagem, “Fragmentos de 2016 em dois episódios” – filme de abertura da Mostra.

 

Veja a cobertura completa do Prodview. 

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