25a MCT: Resumo 25/01 – Atividades reflexivas e sessões da Mostra Panorama

O Seminário Encontro com os Filmes promoveu o bate-papo sobre a produção “O Dia da Posse” com a presença do diretor Allan Ribeiro, de convidados e do crítico Cléber Eduardo | SP.

Em seguida, foi realizado o primeiro Encontro com os Filmes da Mostra Aurora, com o bate-papo sobre o longa “Seguindo todos os protocolos”. O debate contará com a presença do diretor Fábio Leal, de convidados e do crítico Vitor Medeiros | RJ.

 

Atividades reflexivas e sessões da Mostra Panorama 

As debates, rodas de conversa e exibições de curtas-metragens continuam a movimentar a programação da 25a Mostra de Cinema de Tiradentes. Nesta tarde de terça-feira, dia 25 de janeiro ocorreram: o Seminário sobre os filmes da Mostra Foco | Série 1, um debate temático e sessões da Mostra Panorama | Série 3.

 

Encontro com os filmes

A programação teve um rico bate-papo com os diretores dos curtas-metragens que foram selecionados na Mostra Foco | Série 1 e exibidos na noite de segunda-feira: Bertô, de A Morte de Lázaro”; Nicolas Thomé Zetune, de “Ingra!”; Rafael Spínola, de “Bicho Azul”; Will Domingos, de “Iceberg” e Andreia Pires, de “Prosopopeia”.

 

Sessões de Cinema

O público pode conferir a exibição de quatro curtas-metragens selecionados para a Mostra Panorama | Série 3 . Num flerte com o cinema de gênero, a ficção “Manhã de domingo”, do diretor Bruno Ribeiro, traz uma jovem pianista que precisa lidar com um sonho-memória que a conecta com a falecida avó às vésperas de seu primeiro grande recital. “Possa Poder”, dos diretores Victor Di Marco e Márcio Picoli, organiza, numa narrativa ficcional, performances, fabulações, cotidiano e afetos de pessoas com deficiência. “Jib” da diretora Lara Kim, contrapõe o equilíbrio e o rigor na composição das imagens micro modificações cotidianas e às instabilidades de relações entre mães e filhas de três gerações em uma mesma família de origem coreana. A sessão termina com “Bicho Solto”, da cineasta Dayse Barreto, que apresenta modulações de uma vivência sem compromissos com padrões de clausura do feminino durante a quarentena.

 

Debate Temático

Encerrando as atividades do dia, aconteceu o debate temático “Poéticas de um cinema em transição” que pretende discutir as cine-escrituras poéticas que se (re)definem em um país de intensas e constantes transições. Para falar sobre o assunto foram convidados os diretores Adanildo, de “521 anos/Siia Ara”; José Hélio Neto, de “Voz na Escuridão”; Marcus Curvelo, de “Qual é a grandeza” e Renato Vallone, de “Centelha”.

 

Mostra Olhos Livres

A programação teve pré-estreia nacional de “Manguebit”, na Mostra Olhos Livres. Dirigido por Jura Capela, o longa faz um inventário do mangue beat a partir de fascinantes imagens de arquivo e narrativas que nos localizam em Recife e no restante do Brasil nos anos 1990. A forma do documentário, seu ritmo de montagem e seu entusiasmo metabolizam a intensidade das sonoridades do mangue beat.

 

Mostra Praça

Quatro curtas-metragens da Mostra Praça | Série 2 foram exibidos. O documentário “A vida em meus punhos”, de Marília Hughes Guerreiro, retrata o cotidiano da pugilista Adriana Araújo, que almeja novas conquistas e títulos para seu devido reconhecimento no boxe. “Acesso”, montado com imagens do Google Maps e Earth e dirigido por Julia Leite, traça uma cartografia afetiva de São Paulo a partir de lugares frequentados e rememorados por pessoas LGBTs, que falam sobre suas lembranças por meio de videoconferência. A ficção carioca “Ibeji Ibeji”, do diretor Victor Rodrigues, constrói uma narrativa sobre descobertas e amadurecimento nas relações familiares. Já o experimental “Margaridinha, uma criança antiga”, das diretoras Caroline Chamusca e Karla Beck, imagina a vida de uma menina no bairro carioca do Méier no início do século XX. O curta foi montado com imagens de arquivo dos anos 1930.

 

Mostra Aurora

A Mostra Aurora apresentou em pré-estreia mundial o documentário/ficção “A Colônia”, dos diretores Mozart Freire e Virgínia Pinho. O filme entrelaça observação e gestos ficcionais ao registrar a dinâmica do bairro de Colônia, em Maracanaú (CE), zona estabelecida nos anos 1940 como área restrita aos portadores de hanseníase. A segregação do passado vai se tornando um outro tipo de segregação no cenário contemporâneo, uma vez que vai esquecendo das pessoas e suas histórias, onde o poder público chega somente com a força da expulsão.

 

Mostra Foco

Fechando as exibições do dia, a Mostra Foco | Série 2 trouxe quatro curtas metragens. “Madrugada”, feito na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, por Leonardo da Rosa e GianlucaCozza, é um documentário que acompanha o percurso de homens que trabalham seguindo as linhas férreas antes do amanhecer. Na Estrada sem Fim Há Lampejos de Esplendor”, dirigido por Liv Costa e Sunny Maia, produzido no curso de Realização em Audiovisual da Vila das Artes, em Fortaleza e com recursos da Lei Aldir Blanc, é atravessado por encontros entre jovens em uma viagem de noite de lua cheia por Jaguaretama, no Ceará. “Prata”, de Lucas Melo, realizado na  Academia Internacional de Cinema (AIC)|RJ, parte dos anseios de um grupo de garotos que vivem no bairro que dá título ao curta, localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Por último, o ensaio cearense Rumo ao Desvio”, de Linga Acácio, pensa a noção de desvio por meio de um corpo que se desloca em uma paisagem alterada pela transposição das águas do Rio São Francisco.

 

Veja a cobertura completa do Prodview. 

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