25a MCT: Visibilidade para a produção universitária

Atenta às novas perspectivas, a Mostra de Cinema de Tiradentes valoriza e dá visibilidade para a produção cinematográfica universitária brasileira. Nesta 25a edição, chama atenção “a presença de pelo menos quatro produções oriundas de cursos de graduação em Audiovisual, de diferentes lugares do Brasil na Mostra Foco, competitiva oficial dos curtas-metragens”, salienta o assistente da curadoria, Rubens Fabrício Anzolim. Além disso, o cinema estudantil também marca presença nas Mostras Jovem e Formação.

 

Mostra Foco

Feito na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, por Leonardo da Rosa e GianlucaCozza, “Madrugada” é um documentário que acompanha o percurso de homens que trabalham seguindo as linhas férreas antes do amanhecer. Na Estrada sem Fim Há Lampejos de Esplendor”, de Liv Costa e Sunny Maia, produzido no curso de Realização em Audiovisual da Vila das Artes, em Fortaleza, e viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc, é atravessado por encontros entre jovens em uma viagem de noite de lua cheia por Jaguaretama, no Ceará. Da Academia Internacional de Cinema (AIC) vem a trama “Prata”, de Lucas Melo (RJ), que parte dos anseios de um grupo de garotos moradores do bairro que dá título ao curta, localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De Minas Gerais, “Eu te amo é no sol”, de Yasmin Guimarães, que traz o reencontro de namoradas que precisam lidar com as (im)possibilidades de reconexões.

 

Mostra Formação

Da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o curta “Cidade Sempre Nova”, do diretor Jefferson Cabral, é um experimento ousado que utiliza uma colagem de filmes para refletir sobre suas histórias, contradições e celebrar uma produção audiovisual pouco reconhecida. Em “A Sentença”, produção realizada na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e dirigida por Laura Coggiola, o universo onírico dos sonhos contamina a realidade e transforma o relacionamento de duas garotas em sua exploração da cidade de São Paulo. “Noêmia e Laura”, filme realizado na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) pelos diretores Danielle Menezes e Iago de Medeiros, também usa o terreno propositivo dos sonhos para observar atentamente a rotina de duas mulheres dividindo uma casa e se perdendo em suas ilusões.

 

Vindo da Universidade de São Paulo (USP), “Como Respirar Fora d’Água”, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros, é uma narrativa potente que observa o choque entre uma jovem preta, vítima de violência policial, e seu pai, um policial militar que se recusa a enxergar a realidade. Da PUC do Rio de Janeiro, ”Idioma”, de Leonardo Gelio, acompanha, de forma pausada e misteriosa, a jornada de uma mãe solo para ajudar seu filho a se comunicar. “Um Certo Mal-Estar”, experimento visual realizado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), de Tiago Calmon, propõe uma breve e intensa representação visual da sensação de viver na incerteza midiática dos tempos pandêmicos. E Interiores”, realizado na Universidade Federal Fluminense (UFF), com direção de Matheus Bizarrias, observa as contradições sociais a partir da ótica de um menino de nove anos, que trabalha na praia como vendedor ambulante ao lado de sua avó e compreende o mundo a sua volta a partir de interações com clientes.

 

Mostra Jovem

Na Mostra Jovem o público terá a oportunidade de conferir “Cacicus”, dos cineastas Bruno Cabral e Gabriela Dullius. Realizado na Universidade de Santa Cruz do Sul (RS), a ficção expressa momentos de leveza da vida de Laura, que vive com o pai religioso e trabalha na lavanderia da família em uma vida dura e cheia de incertezas.

 

Veja a cobertura completa do Prodview. 

 

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