Mostra em BH debate cadeia produtiva audiovisual com destaque para o cinema latino-americano

Entre 28 de agosto e 2 de setembro, Belo Horizonte (MG) recebe a 12ª Mostra CineBH – Mostra Internacional de Belo Horizonte, que terá a temática “Pontes Latino-americanas”, além de exibir obras recentes e históricas e discutir o audiovisual no Terceiro Mundo.

É um espaço de formação e reflexão sobre a sustentabilidade do cinema nacional, a sua capacidade de seduzir o público, as possibilidades e viabilidade de co-produção internacional, as tendências, as novas mídias e tecnologias.

O evento vai se dedicar a exibir, discutir e questionar a produção na América Latina ao longo dos anos, uma produção que se preocupou em levar às telas, através de temas ousados e formas inventivas, a própria condição de continente periférico e colonizado. “A temática surgiu primeiramente porque, há cinco décadas, o cinema latino-americano chegou ao seu auge, com proposições radicais de vários países e nomes que se tornaram fundamentais desde aquela época. Existia, então, um diálogo entre as nações, em especial as de língua espanhola, que foi se alterando e desaparecendo ao longo dos anos”, comenta Francis Vogner dos Reis, um dos curadores da CineBH, junto com Pedro Butcher e Marcelo Miranda.

Conversas com produtores do Brasil CineMundi (o evento de mercado que ocorre anualmente durante a CineBH) e a dificuldade de se circular com filmes latinos de maior proposição estética deram a deixa para que esta temática fosse desenvolvida, conforme ressalta Pedro Butcher. “Queremos falar um pouco do passado desse cinema e especialmente do presente: como seus modos de produção e circulação afetam a realização e mesmo a existência dos filmes. É uma tentativa de propor uma maior e mais efetiva integração entre os países latinos, através da exibição de títulos de grande importância histórica e de realizações contemporâneas que ainda trazem algo de novo”.

Entre os trabalhos confirmados, estão as pré-estreias de Cocote (República Dominicana), de Nelson Carlo de Los Santos Arias, e La Telenovela Errante (Chile), de Raúl Ruiz e Valeria Sarmiento; e curtas e médias de importância histórica, como Agarrando Pueblo (Colômbia, 1977), de Luis Ospina e Carlos Mayolo; Revolución (Bolívia, 1963), de Jorge Sanjinés; Isla del Tesoro (Cuba, 1969), de Sara Gómez; e Blablabla (Brasil, 1968), de Andrea Tonacci.

Quando: 28 de agosto a 02 de setembro
Onde: Belo Horizonte (MG)
Informações: site oficial

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