CineBH 30/10: desafios do audiovisual na pandemia e masterclass sobre audiência
O segundo dia oficial da Mostra CineBH deste ano, 30 de outubro, continuou a tradição do evento de trazer uma programação intensa, recheada de debates e oportunidades para o mercado audiovisual brasileiro. Assim, nesta sexta-feira, o evento contou com três debates e uma masterclass. Vale lembrar que os filmes da mostra ficam todos disponíveis online até o final do evento, em 2 de novembro.
O debate que abriu o dia foi “Um Olhar Aprofundado Sobre o Cinemart, o Fundo Hubert Bals e o Laboratório de Rotterdam do Festival Internacional de Cinema de Rotterdam (IFFR)”, às 9h00, uma atividade exclusiva para os profissionais dos projetos selecionados do Brasil CineMundi, evento do mercado audiovisual que ocorre simultaneamente à Mostra CineBH. Nesta mesa-redonda, Alessia Acone e Jeske van der Slikke abordaram os programas do IFFR, incluindo regulamentos e outros pormenores para que os participantes possam esclarecer dúvidas. A mediação ficou a cargo de Séverine Roinssard, colaboradora Brasil CineMundi, da França.
Às 11h00 foi a vez da masterclass “Audience Design”, ministrada por Isona Admetlla, coordenadora de fundos World Cinema Fund na Alemanha, e mediada por Paulo de Carvalho, colaborador Brasil CineMundi (Brasil/Alemanha). De acordo com a descrição oficial, o painel abordou metodologia e uma descrição do incrível potencial que o Audience Design tem, ampliando a abordagem clássica de marketing e distribuição com dicas sobre como lidar com produção, direção e todos os detalhes de um filme para prepará-lo para a audiência desde o início.
Já durante a tarde o destaque foi para o debate “Desafios da Produção Audiovisual no Brasil nos Tempos Atuais”. De acordo com a programação oficial, “a paralisação da Ancine e do Fundo Setorial do Audiovisual e a necessidade de distanciamento social prolongada, em função da pandemia da COVID-19, trouxeram inúmeros desafios ao setor da produção no Brasil nos últimos tempos. Por outro lado, a experiência da quarentena confirmou a necessidade das pessoas por narrativas audiovisuais e apontou para a forte demanda por produtos nacionais. Como o setor se organizou (ou não), para, ao mesmo tempo, enfrentar as limitações impostas à produção, que paralisou suas atividades por meses e precisou adotar novos e rigorosos protocolos de segurança para retomar suas atividades, e aproveitar as oportunidades que surgiram com o aumento da demanda por produtos e, sobretudo, por produtos locais?”. Para abordar todo esse ambiente de desafio, foram chamados Alexandre Cunha, diretor de programação do Canal Brasil (RJ); Guilherme Fiuza Zenha, produtor e presidente do Sindav (MG); e Simone Oliveira, gestora executiva Globo Filmes (RJ). A mediação ficou a cargo de Ana Paula Sousa, jornalista (SP).
Por fim, à noite, a programação oficial se encerrou com uma roda se conversa sobre o tema A Cidade em Movimento, que é o título de uma das mostras competitivas da CineBH. Com David Maurity, ator, apresentador e dramaturgo, como mediador, a conversa teve participação especial de João Paulo Campos, crítico e pesquisador de cinema, além de oito diretores de filmes da Mostra A Cidade em Movimento. São eles:
– Matheus Gepeto (diretor), DESTINO
– Joana Bentes (diretora), PRESA
– Luis Evo (diretor), VEM VINDO ALGUÉM, SERÁ?
– Gustavo Aguiar (diretor), AQUI, NEM EU
– Felipe Nepomuceno (diretor), CIDADE SEM MAR
– Célio Dutra (diretor), O MENINO E O GATO
– Adriano Gomez (diretor), SUBMUNDO
– Rafael dos Santos Rocha (diretor), VIGÍLIA