*Por Janaina Pereira

O curta Primeiro Ato, de Matheus Parizi, está sendo exibido no Festival de Rotterdã, que acontece na cidade holandesa até dia 3 de fevereiro.  A trama gira em torno de dois estudantes de teatro que tentam convencer seus colegas a saírem da sala de aula e se juntarem aos protestos que tomam conta do Brasil.

“É muito importante estrear o filme em Rotterdam e levantar essa questão do atual momento político cultural do país”, disse o diretor ao Prodview.

Parizi, que participou do Festival de Veneza com seu primeiro curta, O Afinador (2012) dentro da mostra Horizontes, revela que a relação com o novo trabalho é diferente. “Em O Afinador havia uma codireção; agora é um projeto que eu fiz sozinho, desde o roteiro. Então tem um olhar só meu ali”.

Ele produziu o curta ao lado de Paula Pripas (Os Dias com Ele), que falou sobre a importância da temática de Primeiro Ato no atual momento de incertezas que paira sob a cultura brasileira.

“O filme vem em uma hora importante, e estrear em Rotterdã mostra que o mundo está querendo saber mais sobre o que está acontecendo por aqui. Temos muitos filmes brasileiros sendo exibidos lá e não sabemos se teremos uma próxima safra do cinema nacional. Nessa incerteza, levar Primeiro Ato a um festival tão relevante nos enche de orgulho”.

Primeiro Ato é um dos 48 filmes brasileiros exibidos em Rotterdã, entre curtas, médias, longas e projetos. O curta compete dentro da Ammodo Tiger Short Competition.