IMS apresenta retrospectiva dos filmes de Adirley Queirós e debates com o cineasta

A programação acontece no IMS Paulista e no IMS Rio durante o mês de março.

Aproveitando a estreia do novo filme de Adirley Queirós, Mato seco em chamas, com codireção da portuguesa Joana Pimenta, o IMS apresenta, entre os dias 1 e 26 de março, a mostra Ceilândia mon amour ou Brasília Y love you demais: os filmes de Adirley Queirós, uma retrospectiva integral dos trabalhos do cineasta, com longas, médias e curtas, além de uma série feita para a televisão. No IMS Paulista, a mostra abre no dia 1 de março, com a exibição de Mato seco em chamas, seguida de conversa com Adirley Queirós e Joana Pimenta, e mediação de Marcia Vaz, programadora de cinema do IMS. No IMS Rio, a sessão de abertura acontecerá no sábado, 4 de março, seguida de bate-papo entre o cineasta e Kleber Mendonça Filho, coordenador de cinema do IMS. Queirós também apresentará, tanto em São Paulo, no dia 2 de março, quanto no Rio, no dia 4 de março, sessões de curtas, que incluem cópias 35 mm de seus primeiros filmes. (veja serviço abaixo).

Nascido no interior de Goiás em 1970, o cineasta, graduado pela Universidade de Brasília, mudou-se pequeno com a família para Ceilândia, na periferia de Brasília. É nessa cidade-satélite, a mais populosa do Distrito Federal, que se encontram viajantes do tempo, jogadores de futebol, guerreiras urbanas, grandes nomes do rap e patrulheiros intergalácticos. Nesse cruzamento, são criados os filmes de Adirley Queirós.

A professora, pesquisadora e crítica Carol Almeida, convidada a escrever um ensaio de apresentação da mostra, aponta que “aquilo que começa em 2005 como um documentário expositivo a estabelecer a relação entre Ceilândia e o rap não apenas como uma expressão cultural, mas sobretudo como uma força trabalhadora que engaja a comunidade, vai gradualmente abrindo espaço para um cinema que se entende ele mesmo como uma força de trabalho a produzir novas imagens de ‘status cinematográfico’ e, ao mesmo tempo, uma outra comunidade que passa a reimaginar o espaço, agora também mítico, de Ceilândia. Uma cidade que, graças ao cinema de Adirley, se torna um campo de fabulações futuristas que nasce de dentro dos escombros e de ruas nunca calçadas.”

A programação completa pode ser conferida neste link

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