18a CineOP: “É momento de celebrar, chorar, rir e falar ‘Nós conseguimos’”: comenta Raquel Halack sobre as 18 edições da Mostra.
No ano que chega à maioridade, como fala Raquel Halack, diversas são as surpresas, evoluções e novidades da Cine OP. A organizadora e diretora da 18° Mostra Cine OP e da Universo Produção comentou sobre seu trabalho, paixão pelo audiovisual brasileiro e trajetória percorrida do evento durante uma coletiva de imprensa especial.
Confira!
Políticas Públicas
Raquel iniciou falando sobre o envolvimento das políticas públicas e o audiovisual brasileiro: “O diálogo de uma construção coletiva, de uma política pública foi interrompida. então a retomada dessa conversa expressa toda a razão de ser da CineOP, então como coordenadora, é um momento histórico, é um momento de celebrar, de rir e falar ‘Nós conseguimos’ toda essa luta, principalmente de quem milita para a preservação, de ver que essa vitória ecoa dentro do ministério. Estamos em um momento histórico da participação. A CineOP é um fórum privilegiado, estamos cumprindo esse papel, como espaço de encontro, de debates, de discussões de o que é emergencial e do que é necessário e também das mudanças e transformações que ocorreram com o audiovisual”.
Diálogo com a Secretaria do Audiovisual
Raquel Hallk: Esse diálogo começou desde abril, sobre a 18 edição do cine OP, o encontro de arquivos já começou a ser uma construção conjunta, tanto é que a gente trouxe um dos pilares do fórum de Tiradentes do GT preservação contido, já expresso antes da CineOp, em janeiro, da necessidade da criação de uma rede nacional de arquivos de acervos audiovisuais brasileiros para dar conta da diversidade do país, da necessidade de centralizar as políticas públicas do pais, de olhar para todas as instituições e a discussão da sua rede, a participação da produção, da difusão, cases, como é que podemos utilizar a tecnologia ao nosso fazer. Essas discussões já são parte do planejamento estratégico da secretaria do audiovisual.
Diálogo com a Secretaria da Educação
Raquel Hallak: A presença do MEC, a Denise, que é secretária de educação superior também é um sinal de que a atenção se volta neste processo colaborativo. Tanto o MINC como o MEC foram destruídos, é um processo de reconstrução em um curto espaço de tempo e os dois ministérios viram na CineOP a oportunidade de escutar o setor. Então essa ampla escuta culminou na carta de ouro Preto, na qual foram expressas as prioridades e desejos que cada setor, através de seus profissionais, querem. O MINC e o MEC já estão dialogando.
Diálogo com outras áreas do conhecimento
Raquel Hallak: Este é um desafio que todos nós temos, né? Há gente que trabalha com essa cultura, que acredita nessa transversalidade. O Fórum de Tiradentes foi uma iniciativa muito interessante nesse sentido, foi a primeira vez que a gente viu a preservação e conservação com a produção e exibição e distribuição, um material rico. Enquanto Universo Produção que sediou esse encontro promovido nós estamos fazendo esse trabalho de formiguinhas de levar esse resultado a todos os ministérios na carta de ouro preto que acabou de ser lida, tem a interface com vários ministérios que foram citados que estão expressos e que o resultado dessa CineOp também vai ser entregue.
Obras de reforma do Cine Vila Rica
Raquel Hallak: Olha, eu acho que agora vai (risadas). Esse foi o primeiro legado que a gente começou a construir, ele fez parte de um trabalho nosso, como em BH com o cine Santa Teresa, quando a gente chega na cidade, o cinema Vila Rica estava completando 50 anos de projeção, e a gente viu ali no Cine Vila Rica uma possibilidade de ser um equipamento de retomada da cidade de Ouro Preto como um polo também de formação audiovisual, uma cidade universitária. O processo agora está andando, temos como previsão, três anos de obra.
Cine OP 2024
Raquel Hallak: 2024? Ainda tem tanto percurso… bom, eu acho que estou na verdade carregada de emoção, estou me segurando, mas não sei se vocês conseguem perceber como houveram muitas menções. De conquista e avanço. Eu costumo fazer muito esse papel de articulação, através de nossos eventos, em Tiradentes e BH, que integram o Cinemas sem fronteiras, e quando a gente começa a planejar o evento e a gente vê possibilidade de ecoar aquilo que a gente tá pensando e de encontrar profissionais que aderem às propostas, uma equipe engajada, que tenha missão de cada vez aproximar a preservação histórica e educação, então a gente tá aqui exatamente no último dia, celebrando essas conquistas coletivas. Eu espero que em 2024 a gente possa estar aqui comemorando.
*Texto produzido em colaboração com Fabiane Watanave.