Especial curtas-metragens Mostra Tiradentes: A diversidade na tela e na produção
Crédito da foto: Jackson Romanelli / Universo Produção
A 22ª Mostra Tiradentes contou com a exibição de 78 curtas-metragens. Os títulos são de Minas Gerais (21), São Paulo (17), Rio de Janeiro (9), Goiás (5), Pernambuco (5), Bahia (6), Ceará (3), Distrito Federal (2), Paraná (3), Rio Grande do Norte (1), Paraíba (2), Rio Grande do Sul (1), Amazonas (1) e Mato Grosso (1).
Os filmes se distribuíram em nove seções segmentadas dentro da grade de programação: Foco, Panorama, Corpos Adiante, Formação, Jovem, Regional, Praça, Valores e Mostrinha [Veja os detalhes abaixo sobre os filmes].
E para complementar essa programação, houve ainda a Roda de Conversa “Diversidade no Curta Brasileiro”. Para os cinco realizadores presentes – Denise Kelm (Lui), Felipe Santo (Lua Maldita), Julia Katharine (Tea for Two), Yasmin Guimarães (Peixe) e Diego Paulino (Negrum3) – “diversidade” é um termo publicitário, que coloca o homem branco cis hétero no centro do mundo, com todo o resto gravitando em torno dele. Eles afirmaram que não desejam diversificar o cinema, mas sim “normalizá-lo” – ou seja, deixá-lo mais parecido com a realidade.
Isso significa, segundo o grupo, representar na tela os seus afetos, “as formas como queremos existir e os espaços que desejamos ocupar”. O objetivo final é naturalizar essas presenças de tal forma que chegue um ponto em que não se precise mais falar de diversidade, nem encarar um filme sobre uma personagem transexual como se fosse um “filme sobre um alienígena”. Antes que isso aconteça, porém, é necessário reafirmar e ocupar espaços como a tela de cinema, em que a voz desse homem cis hétero branco ainda fala mais alto, por meio das “provocações” representadas por seus filmes.
O grupo reconhece ainda que, para além de seus próprios esforços, essa “normalização” só vai se efetivar quando todos os realizadores audiovisuais perceberem a necessidade de “abrir mão de privilégios”. Isso implica, especialmente, montar equipes de filmagem que tenham mais a cara do mundo em 2019 – com a participação de pessoas trans, negras e LGBTQIA+ na elaboração de roteiros e nas decisões criativas de que imagens serão mostradas, e como.
Panorama
Pela primeira vez em sua história, a Mostra de Tiradentes submeteu aos 806 inscritos na categoria de curta-metragem um questionário para coleta de informações gerais, que dessem alguma noção do panorama de realizadores que se apresenta para exibir seus filmes no festival. Dos 78 curtas selecionados, 90 cineastas assinam os filmes (já que vários contam com codireção). Deste total, em dados de gênero e identidade sexual, são 32 homens e 19 mulheres cis, 1 mulher e 1 homem trans, 1 travesti, 1 pessoa não binária, 1 pessoa de gênero não definido e 34 que preferiram não declarar.
Em relação a etnia e identidade sexual entre os selecionados, são 17 homens e 13 mulheres cis brancos, 7 homens cis pardos, 5 mulheres cis negras, 5 homens cis negros, 1 pessoa não binária branca, 1 travesti parda, 1 homem cis amarelo, 1 pessoa de gênero não definido branca e 1 homem trans branco, sendo que 34 pessoas não declararam etnia.
Inspirações políticas, clássicas ou pessoais
No debate sobre os filmes da Mostra Foco, o diretor Bruno Ramos, do curta-metragem Estado de Neblina, também se disse impregnado da desilusão política no Brasil para chegar à atmosfera de seu filme. “Toda vez que penso na morte da Marielle Franco, eu lembro o motivo pelo qual eu resolvi fazer o filme: para expressar minha sensação de mal-estar, de fim do mundo”.
Também da intimidade vieram todos os curtas da série I da Mostra Foco. Mesmo um melodrama como Tea for Two, de Julia Katharine, partiu do fascínio da atriz e diretora com o cinema americano clássico. “Eu queria fazer uma comédia romântica, mas entrei em desespero (com problemas de elenco na pré-produção) e resolvi mudar a história”, disse. Katharine foi ganhadora do Troféu Helena Ignez em 2018 na Mostra Aurora, por sua participação no longa “Lembro mais dos Corvos”, de Gustavo Vinagre.
Outros três curtas se basearam em vivências de seus realizadores e de afetos de suas intimidades, desde o fascínio pela pornografia assumido por Breno Baptista em O Bando Sagrado, passando pela relação paternal de David Aynan, colocada na cena de Um Ensaio sobre a Ausência e chegando ao medo transfigurado em horror, como Hilda Lopes Pontes faz em Onze Minutos.
O debate dos curtas da terceira série da Mostra Foco também trouxe contribuições importantes sobre a presença de negros na realização de filmes, lacuna histórica que só recentemente vem sendo corrigida – mas ainda longe do satisfatório. Diego Paulino, diretor de Negrum3, foi o mais questionado durante a conversa, por conta de sua abordagem irreverente e poderosa pelo que ele mesmo define como “um ensaio sobre negritude, viadagem e aspirações espaciais dos filhos da diáspora”.
*Conheça as sessões e os filmes de cada uma delas:
Mostra Foco
Os doze filmes selecionados revelam corpos em situação de crise e em possibilidades de reação, com suas estratégias de existência e pertencimento ao mundo. Confira as sinopses, diretores e produtoras:
A Ética das Hienas – Uma fraude numa perícia de trabalho é descoberta, mas nada como um bom acordo n Brasil. Com o mercado, com a justiça, com tudo (Rodolpho Barros, Pulo do Gato).
Ainda Ontem – Olhamos para o entardecer da adolescência, que carrega em si o despontar da vida adulta. Quem conduz é Neto, que a partir da tabacaria acompanha o ir e vir da rodovia (Jéssica Candal, Grafo Audiovisual).
Antes de Ontem – Algumas pessoas ainda não sabem quem são (Caio Franco).
Caetana – Um olhar que constrói uma pequena composição através dos gestos e das ações de um rito social. Do ponto de vista do centro, as bordas são vistas em pequenos atos pulsantes (Caio Bernardo, Ato Cinematográfico).
Estado de Neblina – Entre as ruinas de uma quebrada e uma floresta assombrada, um grupo de jovens tenta encontrar um motivo para pisar no desconhecido e descobrir o que há a se temer (Bruno Ramos).
Malandro de Ouro – Na esperança do mais alto pedestal, o teu castelo ruiu numa poeira infernal (Flávio Sperling).
Negrum 3 – Entre melanina e planetas longínquos, o filme propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo. Um ensaio sobre negritude (Diego Paulino, Reptilia Produções Transmídia).
O Bando Sagrado – Breno desperta de um sonho. Enquanto isso, há centenas de anos, um batalhão de homens armava-se para lutar uns com os outros até a morte (Breno Baptista, Tardo).
Onze Minutos – A cada 11 minutos uma mulher é violentada no Brasil. Elisa precisa ir ao aeroporto. É noite e, no caminho, obstáculos vividos por quem é mulher (Hilda Lopes Pontes, Olho de Vidro Produções).
Tea for Two – Silvia é uma cineasta de meia-idade em crise com sua vida. Na mesma noite em que é surpreendida pela visita da ex-esposa. (Julia Katharine, Lira Cinematográfica).
Tempestade – Ao longe, sobrevoando os vulcões multiplicados, uma tempestade elétrica era gestada em silêncio. (Felipe Fernandes, Ponte Produções).
Um Ensaio Sobre a Ausência – Romulo, 42, homem negro, vive um duro cotidiano em busca de seu próprio sustento, sem emprego e sem perspectivas, sofre audencia das filhas (David Aynan, Palenque Filmes).
Mostra Panorama
As quatro sessões apresentam uma pluralidade de formas e narrar o país e suas complexidades em gestos de invenção, rememoração e resistência. Confira as sinopses, diretores e produtoras:
Aulas que Matei – Mais um dia de aula. Nem todos conseguem chegar. (Amanda Devulsky e Pedro Garcia, Casadearroz).
Aurora – Quatro garotas compartilham seus sonhos dentro de um pequeno apartamento, até que o dia nasce novamente. (Renata Spitz, Terra Bruta).
Bup – Um tributo ao silêncio. Que pena que saí do útero. Olá ansiedade (Dandara de Morais).
Eu não Vou ao Enterro de Painho – Uma última visita a um pai distante, um registro de encontro de gerações que não sabem bem o que foi a convivência paterna (Leandro Lopes, Audiovisual Criativo).
Guaxuma – Eu e a Tayra crescemos juntas na praia de Guaxuma. Eramos inseparáveis, o sopro do mar me traz boas lembranças. (Nara Normande, Vilarejo Filmes e Les Valseurs).
Insipiente – A lua tem brilhado tanto. É claro que aquela luz é dela, é própria, suas características são únicas. (Jean Santos, Vicioclipes).
Liberdade – Abou é artista guineense que vive com outros imigrantes africanos em uma pensão no bairro da liberdade. (Pedro Nishi e Vinicius Silva, A Flor e a Náusea).
Lua Maldita – Na última noite antes do fim do mundo, um grupo de amigos se reúne para uma despedida (Felipe Santo, Sancho&Punta).
Mesmo com Tanta Agonia – É aniversário da filha de Maria. No trajeto do trabalho para a festa, ela fica presa no trem, em decorrência de uma pessoa caída acidentalmente sob os trilhos. (Alice Drummond, a Flor e a Nausea).
Miragem – Por um tempo duvidei do que sentia, mas uma psiquiatra disse que naõ precisava de remédios, decidi fazer um filme para sair dessa. (Flora Dias, Sancho&Punta).
Naufraga – No batuque das ondas a mulher náufraga desemboca no mar suas memorias. (Juh Almeida)
Obeso Mórbido – Diego é um ator que era obeso e emagreceu 43 quilos em 2 anos e precisa lidar com as inseguranças e impossibilidades que esse novo corpo representa. (Diego Bauer e Ricardo Manjaro, Artrupe Produções e Duplofilme).
Perpétuo – Silvia e Alex voltam a morar juntas. Vida em movimento na diáspora brasileira. (Lorran Dias, Anarca Filmes).
Princesa Morta no Jacuí – O arqueólogo Margot Moreira retorna ao lugar onde nasceu, a zona de exclusão chamada Depressão Central. (Marcela Bordin, Muitas Palmeiras e Tokyo Filmes).
Reforma – Saindo com um rapaz diferente a cada dia, Francisco revela a amiga que está insatisfeito com seu corpo gordo. (Fábio Leal, Ponte Produções).
Um Filme para Ehuana – Dentro da maior floresta do mundo, fronteira do Brasil com a Venezuela, vive uma comunidade Yanomami. (Louise Botklay, Cinesofia).
Verde Limão – Prestes a entrar no palco pela última vez, uma veterana Drag Queen revisita todas as cicatrizes que formam seu carnaval (Henrique Arruda, Bobox Produções).
Mostra Praça
O Cine-Praça é um espaço constituído para reunir a família em torno dos filmes, com temas contemporâneos e diálogos históricos sobre posicionamentos éticos, sociais e políticos.
A Praga do Cinema Brasileiro – Zé do Caixão abre um portal para os infernos do passado, onde liberta antigos filmes sequestrados pelo Capetal, pois trazem luz as palavras dos profetas que tudo viram e que tudo sabiam (Zefel Coff e William Alves, Karibu Cinemas).
Arara – Um filme Sobre um Filme Sobrevivente – Em 2012, Rodrigo Piquet, do Museu do Índio, mostra a Marcelo Zelic, do grupo Tortura Nunca Mais, um filque que encontrara, chamada Arara (Lipe Canêdo, Almondega Filmes).
Avoada – Uma amizade inesperada entre uma menina surda e um jovem desencadeia um assassinato e no decorrer da trama, três mães contam como perderam seus filhos de forma violenta (Magno Pinheiro, Aurora Cinematográfica).
Guará – No cerrado, habitam lobos guarás e bandeirantes (Fabrício Cordeiro, Bebop Filmes).
Jéssika – Jéssika é travesti. Anos depois de deixar o interior do Nordeste, ela retorna para a sua cidade natal, reencontrando sua história (Galba Gogoia).
Kriz Bronze – Em 8 de março Kelly Cristina prepara uma festa apenas para mulheres (Larry Machado, Dafuq Filmes).
Majur – Documentário mostra um ano de recorte na vida de Majur, chefe de comunicação de uma aldeia no interior de Mato Grosso.
Megg – A Margem que Migra para o Centro – Pela primeira vez, uma travesti negra conquista o titulo de doutora, é a margem que migra para o centro, levando sua história (Larissa Nepomuceno).
O órfão – Jonathas foi adotado, mas logo é devolvido ao abrigo, devido ao seu “jeito diferente”. Inspirado em fatos reais (Carolina Markowicz, Yourmama).
Preciso Dizer que Te Amo – Documentário sobre resiliência e luta contra o suicídio entre as pessoas trans. Retrata a relação com o corpo, a vida, o sagrado (Ariel Nobre, Bruta Flor Filmes).
Quando Elas Cantam – Documentário sobre o projeto Voz Própria, voltado ao tratamento terapêutico de mulheres encarceradas a partir da articulação entre música e psicanálise (Maria Fanchin, Klaoxn Cultura Audiovisual).
Sair do Armário – “Eu penso todo o tempo que, se tivesse nascido muda, ou se tivesse mantido um juramento de silêncio toda a minha vida, teria sofrido igual e igualmente morreria” (Marina Pontes).
Sereias – Formação de sereias é um coletivo feminista que se formou na ocupação do MINC no RJ. Filme desvela o protagonismo do movimento por meio de performances e imagens documentais (Bárbara Vida).
Soccer Boys – Jogadores do Beescat Soccer Boys discutem questões sobre homossexualidade no futebol e homofobia na sociedade contemporânea, enquanto se preparam para disputar a Taça Diversidade (Carlos Guilherme Vogel, Lilian Diehl Produções e Canal Futura).
Mostra Corpos Adiante
Reúne alguns dos potentes curtas produzidos a partir da pluralidade dos corpos que se apresentam na reescrita da história para agenciar e fissurar suas estruturas. Confira as sinopses, diretores e produtoras:
Conte Isso Àqueles que Dizem que Forros Derrotados – A noite é tempo de luta (ou há um novo lugar possível sendo avisado no horizonte). (Aliano Bemfica, Miúdo Cinematográfico).
Lui – Lui gosta de brincar com a rotina, com o sexo e o seu gênero. Professor de circo, está descobrindo as belezas de uma amor leve e divertido (Denise Kelm, Haver Filmes Produções Artísticas).
Noirblue – Deslocamentos de uma dança – Ana Pi se reconecta às suas origens pelo gesto coreográfico, num experimento que une o movimento tradicional ao contemporâneo (Ana Pi).
Quebramar – Sapatonas vão a praia e levam seus corpos, afetos e memórias. É ano novo e elas têm sempre umas às outras (Crys Lyra, Travessia Filmes).
Mostra Foco Minas
Apresenta um panorama diversificado de curtas produzidos em Minas Gerais ou realizados por diretores mineiros.
À Cura do Rio – Por meio de um ritual xamânico realizado às margens do Rio Doce, filme busca compreender como os indígenas tem se dedicado à cura daquelas águas (Mariana Azevedo, Noctua).
Logo Após – Logo após a história do aborto clandestino de Karoline virar notícia na TV, Sonia movimenta-se para encontrar a jovem Alice (Ana Carolina Soares, Voo Livre Produções).
Obreiras – Acompanha o cotidiano de quatro pedreiros moradores da Regiao Metropolitana de BH, como conciliam a vida familiar, os estudos e os sonhos (Ana França).
Plano Controle – Marcela quer ir para Nova York, mas o serviço de teletransporte oferecido por sua operadora tem dados limitados (Juliana Antunes, Ventura).
Russa – Russa volta ao bairro do Aleixo, no Porto, visitando a irmã e os amigos, com quem celebra o aniversário do filho (Joao Salaviza, Karô Filmes e Ricardo Alves Jr. Entre Filmes).
Teoria Sobre Um Planeta Estranho – A proximidade traz o desprezo (Marco Antonio Pereira, Estúdio Marco).
Trabalho – Vídeo experimental realizado no Jardim Canadá, Nova Lima, MG (Desali).
Mostra Cena Regional
Quatro curtas realizados em cidades mineiras dialogam com as grandes formas de cinema espalhadas pela programação.
A partida do Menino – Em um país onde o glamour do futebol é o centro das atenções, um menino chamado Neimar precisa fazer um gol de placa (Rafael Bianchini, Cabeça de Vento Filmes).
Baixa Funda, o Destino de Um Povo – Dona Joana, descendente de negros e índios, mae de 11 filhos, relata suas histórias, anseios, crenças e o cotidiano da vida rural (Marcello Sannyos, Instituto Marlim Azul).
Casulo – Mário e seu pai vivem isolados num pequeno sítio no interior de MG, onde cultivam hortaliças e criam animais, a cada dia novas descobertas levam a seus mais íntimos desejos (Rafael Aguiar).
O Jacaré e o Homem do Boi – A história real entre a relação de amizade entre um homem e um animal (Paulo Coelho, Instituto Marlim Azul).
Um Certo Maralonso – Matador de gente e de fome ou uma sombra no mato (Samuel Fortunato, Alucinação Filmes).
Mostra Formação
Oito curtas de instituições de ensino compõem esse panorama que investiga as formas tradicionais do cinema ou que se arriscam a revisitar gêneros e obras cultuadas.
Cartuchos de Super Nintendo em anéis de Saturno – Diante da dor, solidão e desespero, um homem negro assopra um cartucho de Super Nintendo e se vê numa encruzilhada (Leon Reis).
Espavento – Em um futuro qualquer, a cidade de Fortaleza sofre a contaminação de uma patologia causada pela poluição das construções civis (Ana Francelino, Produtora Solta).
Eu Preciso Te ver no Fundo dos Meus Olhos – Ana viaja em busca de uma amiga. Ao longo do caminho, seu trajeto se revela uma busca por si mesma (Letícia Gomes).
Fartura – A partir de imagens domésticas, a comida revela um modo de viver em comunidade (Yasmin Thayná).
Maria – Adaptado do conto homônimo de Conceição Evaristo, Maria é uma mulher que trabalha como empregada doméstica (Vini Campos).
O Cego da Casa Amarela – Propoe uma experiencia sensorial, poética e imersiva quanto às memórias de João de Deus (Joachim Nadar).
Peixe – Marina é uma jovem mulher que trabalha em Belo Horizonte fazendo entregas com sua bicicleta (Yasmin Guimarães).
Peixe, Pizza e Picaretas – Fish head – Roberto é um comerciante na beira da falência, que se entrega a um esquema de sonegação. (Maynard Farrel) [Veja matéria especial sobre o filme]
Curtas e Mostra Jovem
As sessões Mostrinha e Mostra Jovem apresentam diferentes narrativas dedicadas à formação do olhar das crianças e dos adolescentes com filmes lúdicos e questões próximas do cotidiano adolescente.
A Natureza Agradece – Bernardo vive em um pequeno rancho cheio de diversidade ambiental, porém a natureza é ameaçada por uma fábrica química (Ana Maria Cordeiro, Mandra Filmes).
As Aventuras de Pety – Após o arco-íris e em busca do baú de ouro, Pety parte para o bosque da cidade, onde vive aventuras com seres fantásticos do folclore (Anahi Borges, Aranhas Films).
Histórias de Criança: O Pirata Chulé e o Jogo do Tesouro – O pequeno chulé é um piratinha não muito cheiroso, mas de bom coração, mesmo quem não quer ficar por perto ele consegue conquistar aos poucos (Heder Godinho, HDG Produções).
Manche – Caio é um menino de dez anos, apaixonado por aviação e que, ao brincar com suas aeronaves e contar suas histórias, vive as memórias do avô (Livia Collino).
Meu Melhor Amigo – Em uma viagem poética, um solitário menino dá vida ao seu melhor amigo (Laly Cataguases).
Òpárá de Òsún: Quando tudo Nasce – Conta a história do orixá das águas doces e da deusa da fertilidade, isso tudo no cenário do Sertão do Rio São Francisco (Pâmela Peregrino).
Além dos Muros – Em Goiás, no final de 2015, o projeto do governo de transferira gestão das escolas públicas para as chamadas O.S. levou estudantes a ocuparem as escolas (Robney Almeida, Crisge Filmes).
Arteiro – Tomé é um jovem rapper que deixou de acreditar em seus sonhos. Agora, internado, tenta reencontrar na música motivos para seguir (Bruno Carvalho, Lhama Viajante).
Cravo, Lírio e Rosa – Um menina gordinha tropeça num cadáver de uma adolescente e isso muda drasticamente sua vida (Maju de Paiva, UFF).
Salve Todos – Sete amigos enfrentam juntos o paradoxo da adolescência (Isabela Renault).
*A equipe viajou a convite do evento e teve parceria com a Agência Encontre Sua Viagem – Vila Maria (SP).