Estudo apresenta consumo de séries: brasileiros são fãs do formato

A Universal TV realizou a pesquisa “Paixão em Séries”, em parceria com a Quantas e o Coletivo Tsuru, para desvendar como o consumo de séries responde e intensifica os novos movimentos de consumo de conteúdo no Brasil. O trabalho teve início em novembro e foi finalizado em abril deste ano e percorreu o país para traçar um amplo mapa deste segmento.

Metade da população brasileira (51%) é ligada em séries. São pessoas de diferentes idades, classes sociais, estilos de vidas. Destes, a maioria (57%) já é apaixonada por séries e os demais são entrantes na categoria.

“As séries arrebatam o público brasileiro há gerações e são muito mais que entretenimento. São representações de sua vida e os fãs criam um forte vínculo com os personagens. Estamos vivendo a era de ouro das séries com a possibilidade de assistir aos conteúdos em qualquer lugar e a seu tempo. A qualidade, variedade de roteiros e formatos das produções também se intensificou nos últimos anos e essa evolução se reflete em mudanças de comportamento, hábitos e perfis deste público”, destaca Paulo Barata, CEO da NBCUniversal Networks International.

A pesquisa contou com análises qualitativas (Quantas) e quantitativas (Coletivo Tsuru) com diferentes formatos. Foram feitas entrevistas pessoais em pontos de fluxo populacional em oito cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Porto Alegre. Mais de 1.600 pessoas foram ouvidas. Foram realizadas também entrevistas durante a CCXP 2017 (90 pessoas); entrevistas nas ruas (30 pessoas em São Paulo e Rio de Janeiro); envio de questionário online em comunidades de séries.

 

Principais resultados

De acordo com o estudo, cerca de metade da população (51%) com 16 anos ou mais das classes ABC das praças pesquisadas é consumidora de séries.

Apesar de existirem diferenças entre perfis de segmentação, existem três aspectos relevantes para o consumidor brasileiro no mundo das séries:

– Dublagem é apontado por 47% dos entrevistados e reflete o hábito de “semi-assistir” alguns conteúdos como faziam com as novelas. Fazem outras coisas enquanto assistem e precisam ouvir e entender o que está sendo dito.

– Facilidade de encontrar o que quer assistir, driver de escolha para 52%  – as séries têm que ser fáceis de achar, rápidas de acessar, reproduzindo a facilidade que os brasileiros tem para acompanhar  seus programas favoritos.

– Liberdade de assistir quando, onde e como quiser, motivação de escolha de 54%  – as séries têm que entrar no tempo, no ritmo e no lugar que as pessoas estão e querem assistir.

 

Plataformas

Em relação aos motivos para assistir às séries, 90% apontaram o prazer (“é o que mais gosto de assistir”, “me programo pra ver as minhas series prediletas”, “é um momento de bem estar, que tento encaixar na minha rotina”), algo de extrema importância no contexto atual percebido por eles como triste, duro e sem esperança.

A plataforma TV é, de longe, o device mais usado (86%) e também preferido (75%) para ver séries. O celular está em segundo lugar (31%), seguido do PC (15%), notebook (12%) e tablet (8%).

 

Indicações

– 60% escolhem o que vão assistir pela influência social: ou por indicação de amigos ou familiares ou amigos que começam a assistir e contam ou ainda está todo mundo assistindo e não posso ficar por fora.

– 83% ouviram falar pela primeira vez da série que mais gostam na sua rede pessoal: amigos ou família ou no seu perfil nas redes sociais, grupos no Facebook, amigos virtuais nas comunidades das séries, na escola, no trabalho.

 

Spoilers

A relação deste público com os spoilers é aparentemente conflitante. 42% afirmam que apesar de não gostarem de spoiler, buscam estas informações por curiosidade ou ansiedade em saber como serão os próximos episódios. Porque o frisson fala mais alto.

Já 28% não se importam com os spoilers e preferem saber detalhes dos acontecimentos e como se desenrolarão.

 

Clusters

O “Amo Séries” identificou quatro tipos de perfis: o social viewer (34%), soap series (23%), fashion slave (23%) e o old school (19%).

Social Viewer – É o heavy user deste público. É o fã que assiste a tudo (89% afirmam que não rejeitam nenhuma série), em mais plataformas, em mais canais. As séries funcionam como um capital social para se relacionarem com outras pessoas e assistem mesmo quando não gostam de determinada série, apenas para poder estar inteirado. É o perfil que prefere assistir acompanhado – mesmo que remotamente, com as redes sociais como segunda tela – e para cada tipo de série, elege uma companhia: a série que assiste com o parceiro, com os amigos e com a família.

Soap Series – Perfil levemente mais jovem (40% na faixa dos 18 a 34 anos) e mais feminino (58% de mulheres). Assim como o social viewer, é apaixonado pelas séries.

Procura as séries como substituto para as novelas (79% diz que hoje, o que mais gosta de assistir na TV são as series) e se encanta com as possibilidades oferecidas pelo gênero. Assiste às séries principalmente na TV (84%), mas sendo o mais jovem, é o que mais assiste também no celular (43%) e escolhe onde assistir pela mobilidade: para 51% o importante é poder assistir quando quer, no seu tempo.

Fashion Slave – É um segmento entrante, que busca séries como novidade, porque está na moda. É formado em sua maioria pela classe C (59%).

Se informam sobre as séries através de amigos e familiares já que não são especialistas no assunto e precisam de sugestões: 68% dizem gostar quando alguém próximo me indica a coisa certa e 42% dizem que o que motivou à série que mais gosta foi a indicação de amigos ou parentes.

Old School – Formado por um público mais masculino (50%) e mais velho (66% têm 35 anos ou mais) se comparado com os demais perfis. 79% gostam de séries que tenham histórias do dia-a-dia e que me tragam algum ensinamento para lidar com questões da vida. Assistem mais séries na TV (90%), porque a TV é o meio preferido (87%). E tem nas pessoas próximas a sua fonte de inspiração: são os que mais se motivam a ver uma série pela indicação de amigos (41%) e o que mais se informam sobre as séries entre os amigos e familiares (65%).

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