CineBH 31/10: Desafios da distribuição no distanciamento social, masterclass internacional e mais
O terceiro dia (31/10) da Mostra CineBH e do Brasil CineMundi deste ano foi um dos dias com programação mais intensa dos eventos paralelos com um total de quatro debates, uma masterclass e uma performance audiovisual, isso tudo além dos filmes que ficam disponíveis no site da Mostra CineBH até o último dia do evento, 2 de novembro.
Logo às 10h começou a masterclass internacional de Tamara Trampe e Johann Feindt. Tamara é atriz, diretora, roteirista, editora e dramaturga na Alemanha; e Feindt é diretor, roteirista, câmera, edição, som, produtor e diretor de produção também na Alemanha. A mediação ficou a cargo de Gudula Meinzolt, colaboradora Brasil CineMundi (Suíça), que ajudou os convidados a exporem suas perspectivas sobre um cinema documental poético com concepção visual, memória, guerra e mais.
Então, foi a vez de quatro debates sequenciais. São eles:
– As Telas em Transe na Pandemia – Parte 1: A pandemia forneceu um pano de fundo para o debate sobre a interlocução entre teatro e cinema no audiovisual em geral, misturando performance, documentário, drama e literatura na conversa mediada por Marcelo Miranda, curador da CineBH. Os participantes foram José Fernando Azevedo, diretor de “Navalha na carne negra”; Lorenna Rocha, crítica de cinema e teatro; Pablo Lobato – cineasta, diretor do “Éramos em bando”; e Ricardo Alves Jr., diretor do curta “Coisas úteis e agradáveis”.
– Distribuição e Exibição: Desafios e Perspectivas: Com Lia Bahia, pesquisadora e professora, como mediadora, este debate teve como proposta falar sobre os desafios que os setores de distribuição e exibição cinematográficas enfrentaram e ainda enfrentam em meio à pandemia de COVID-19. Participaram deste debate Adhemar Oliveira, exibidor e distribuidor Espaço Filmes; Lídia Damatto – gerente de vendas e aquisições FiGa Films; e Sílvia Cruz, distribuidora Vitrine Filmes.
– Roda de Conversa | O Brasil de dentro e de fora: Com o audiovisual sendo novamente a resposta de artistas sobre o conturbado momento atual do País, esse movimento foi tema desta roda de conversa mediada por Marcelo Miranda, curador da CineBH, com participação de Alexandre Salomão, diretor do filme “Corpo Monumento”; Beatriz Saldanha, diretora do filme “Do pó ao pó”; e Eduardo Camargo, diretor do filme “Eu Sou a Destruição”.
– Roda de Conversa | Mostra A Cidade em Movimento – Corpos dissidentes: Outra conversa da mostra A Cidade em Movimento. Com mediação de David Maurity, ator, apresentador e dramaturgo; foram chamados os cineastas Maick Hannder (diretor), “Looping”; Mariana Borges (diretora), “Babi e Elvis”; e Vinicius Sassine (diretor), “Exu Matou um Pássaro”, além da participação especial de Juhlia Santos, jornalista, performer e produtora. Segundo a programação oficial, este debate abordou diversidade sexual, bem como os encontros, olhares e ritos de passagem traduzem gestos políticos de uma comunidade que se coloca e se impõe na dinâmica social e também nas telas do cinema.
Por fim, foi realizada uma performance chamada “Museu dos Meninos – Arqueologias do Futuro” (imagem principal deste texto) que tem função documental explorando memórias do ator Maurício Lima, criado no Complexo do Alemão. A performance conta com 30 entrevistas realizas com meninos que fazem parte deste museu.