História, memória, cultura e artes visuais a céu aberto em Trancoso (BA)

Trancoso (Bahia) recebeu entre 21 e 24 de outubro, o primeiro Festival Internacional de Cinema de Trancoso, com quase 50 filmes na programação, entre curtas e longas, incluindo coproduções internacionais.

A cerimônia de abertura do evento ocorreu no Quadrado histórico da vila e foi aberta ao público. Os filmes de censura livre foram exibidos na Casa das Festas do Povo de Trancoso e nas paredes do fundo da igreja São João Batista. Tudo gratuito. Já os filmes classificados como “Proibidos” na curadoria do projeto, e que tem censura de idade foram exibidos no Espaço Trancoso, onde era o Café de La Musique, em frente à praia, estes com ingressos pagos. 

O Festival de Cinema Proibido, como também é conhecido, contou ainda com cursos de cinema com certificados, palestra para idosos, debates com os diretores, incluindo um sobre produção cinematográfica. De acordo com a organização, os temas visam contribuir para a formação dos espectadores diminuindo os rótulos e pré-conceitos com a produção audiovisual.

A Costa do Descobrimento é um dos berços da história e da cultura do Brasil e foi tombada como Patrimônio Natural Mundial. O Festival também tem como objetivo, destacar essa importante região do Brasil, com um Festival de cinema que agrega valor pelo conteúdo dos filmes exibidos e que reúne história, memória, arquivo, cultura, e artes visuais a céu aberto, com uma ativa participação das pessoas da região e de todo o Brasil.

O evento tem como troféus lanças indígenas e entra para o calendário anual de Trancoso, beneficiando a comunidade local, dos arredores e a comunidade cinematográfica de todo o Brasil.

Simbolizando a poder feminino de gerar vida e acolher novos conceitos, o Festival homenageou onze mulheres do cinema, dentre elas Bárbara Paz, Helena Ignez, Sara Silveira, Vânia Catani e Petra Costa. Já entre os homens homenageados estão: Pedro Almodóvar, Juliano Pozati e Ramon Navarro.

A iniciativa é da cineasta e produtora Flávia Barbalho, de Minas Gerais, mas que escolheu a Bahia para viver.

“O reuniu muitos ativos culturais com uma participação considerável da comunidade. Exibir longas nesses locais fez deste evento um importante meio de difusão cultural. O encontro entra para o calendário anual de Trancoso e dos Festivais de Cinema do Brasil e do mundo, graças ao apoio da comunidade, moradores, comerciantes, empresários e diversos setores importantes na região. E é todo esse apoio e receptividade que nos motiva a já pensar na próxima edição”, ressaltou Maria Clara Amorim, uma das produtores do evento.

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