Conheça a Galeria de Arte Virtual: “A Arte do Reinventar”, feita com recursos em VR360

O cenário da pandemia trouxe ainda mais criatividade para que o mercado audiovisual driblasse as adversidades e criasse soluções diferenciadas.

E diante disso e do fato de que a tecnologia também traz acessibilidade aos conteúdos, nasceu uma exposição virtual do artista paranaense Marcelo Pszybilsky, que usa sucata de metal para criar outras peças. São cerca de 50 obras dispostas em uma visita guiada virtualmente que dura em média de 10 a 15 minutos.

A Galeria Virtual está online funcionando 24 horas, 7 dias da semana, desde 25 de março e ainda não tem data para ser encerrada. A entrada é gratuita e a divulgação teve início em 6 de abril pelas redes sociais e no último dia 11 de abril teve uma live com o artista criador pelo Instagram.

Confira a exposição:

www.aartedoreinventar.com/galeriavirtual

Quer saber como tudo isso aconteceu?

 

 

Marcelo Pszybilsky – o artista

Marcelo Pszybilsky é um artista brasileiro, começou carreira como funileiro automotivo, mas mesmo antes ainda quando criança, fabricava seus próprios brinquedos. Por muitos anos sua arte era exposta na feira hippie de Curitiba, onde seu trabalho foi se tornando conhecido pelo público da cidade e o Brasil já que lá circulam gente de todos os cantos.

Nos últimos anos sob a curadoria de sua esposa, Tania, passou a mostrar seus trabalhos em outros países ganhando prémio em Londres, foi exposto no Louvre em Paris e já exporta obras para diversos países do mundo.

O início de tudo

No início de 2020, o artista e sua esposa contemplam um edital lei do incentivo Profice para realizar a exposição “A Arte do Reinventar”, com patrocínio da Copel, para ser uma exposição itinerante por 8 cidades do estado do Paraná, e assim levaria ao interior que normalmente é deficiente de grandes exposições, uma coleção maravilhosa de 50 peças produzidas num período recorde de 3 anos.

A turnê ainda contaria com oficinas sobre o tema reciclagem de sucatas para criação de arte, uma prática que não só inspira, como pode trazer um meio econômico para famílias, além de um livro, que está sendo entregue nas escolas do estado.

E aí…veio a pandemia…

Com a chegada da pandemia, o projeto que estava iniciando no primeiro semestre de 2020, teve sua turnê cancelada, causando grande tristeza não só ao artista, mas a todos os envolvidos no movimento, inclusive ao público que já aguardava.

Alguns meses depois, vendo que não iria ser rápido o retorno para que pudesse ser
retomadas as exposições e oficinas, surge a ideia de criar algum tipo de galeria de arte online para que a ideia pudesse ser viabilizada.

Renato Olandesi, da empresa 360Vidas, especializada em produção de conteúdo em VR foi contatado pelo produtor executivo do projeto e passou a integrar a equipe.

“Eu já estava há uns 3 anos envolvido em projetos de experiências virtuais, a 360Vidas havia acabado de nascer poucos meses, eu estava trabalhando na criação da marca e alguns cases de exemplo, e foi justamente um destes demos que chegou até eles”, conta Olandesi.

Ele explica que ficou bastante entusiasmado com o projeto, porque sabia que o projeto poderia impactar muitas pessoas.

Pré-Projeto

O acordo firmado entre o artista e a 360Vidas ocorreu em novembro de 2020.

As premissas apresentadas foram que o artista tinha muito receio da virtualização das
obras, pois havia visto algumas exposições virtuais de esculturas, até mesmo a sua, e era muito comum, que o visitante virtual não conseguisse captar o volume e detalhes das obras, perdendo assim grande parte do trabalho e esforço em criar um objeto tridimensional.

“Vi ai a oportunidade de propor a fotografia 360º de todas as 50 peças, pensei que seria a única maneira de não errar no angulo, e possibilitaria que o público pudesse aprofundar a apreciação das obras”, relata Renato.

Outro grande desafio foi que a exposição fosse acessível.

“Tínhamos estudado muitas exposições virtuais, e a maioria delas tinham muitos botões, plantas de navegação, e dificilmente havia uma narração automática que conduzisse o visitante, como se estivesse sendo acompanhado por um guia. Teria que ser uma espécie de evento Cultural Popular de fácil acesso, e não um jogo para um adolescente”, ressalta o executivo da 360Vidas.

Detalhes da produção

Para fazer a produção, a equipe foi até a Fazenda Rio Grande, onde estavam as peças, o que possibilitou mais proximidade com as obras.

Foram basicamente 3 mil fotos das 50 obras para gerar os 360º, que levaram cerca de 6 dias para completar esta etapa.

Na sequência o projeto seguiu o desenvolvimento, que foi todo realizado em isolamento, a curadora esposa do artista e o artista que moram em Fazenda Rio Grande, o Produtor Executivo Cleverson e o artista visual Igor Bleggi, estavam todos em Curitiba e Renato Olandesi na 360Vidas, em Poços de Caldas.

“Levamos 3 meses de produção até concluir e publicar a galeria. Envolveu a fotografia, tratamento, geração dos 360º, a criação do conceito e 3D do ambiente totalmente virtual, mapa de interação e usabilidade que tinha como premissa que fosse acessível o quanto possível”, contou Renato.

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