18ª CineOP: Encontros da educação e de arquivos trazem reflexões e ações sobre cinema, educação digital e preservação

O Encontro da Educação traz na programação desta edição da CineOP projetos audiovisuais educativos que permitem conhecer iniciativas em diversas localidades do Brasil que podem servir de inspiração para trabalhar o cinema na formação de professores, mas também para estreitar as relações entre esses profissionais e os alunos.

Na segunda sessão, um dos projetos apresentados foi o “Acolhimentos-burocracias-whatsapps-diários-filmagens: primeira cartografia da chegada do cinema em duas escolas de educação infantil”, da Faculdade de Educação, FE/Unicamp, apresentado por Gabriela Fiorin Rigotti.

Esta proposta busca socializar as metodologias e as primeiras imagens e impressões do acompanhamento das práticas de quatro salas de educação infantil, com experimentações com cinema a partir de dispositivos de criação de imagens pautados da ideia do cinema como exercício e prática.

“Nesses mais de 20 anos trabalhando com adulto, o projeto pra mim agora com a infância, assim como o chão da escola, tem me desembrutecido o olhar imensamente, tem sido um grande presente, é isso o que a gente tá trazendo, o cinema com um olhar sensível, mas a primeira que está sendo sensibilizada sou eu”, disse a Gabriela, durante a mesa de debate.

 

Encontro de arquivos: criação de uma rede nacional de arquivos audiovisuais

É possível formar uma rede de arquivos audiovisuais brasileiros? Esta rede poderia se beneficiar das oportunidades de compartilhamento, acesso e acessibilidade oferecidas pelo avanço digital e contribuir para a institucionalização da preservação do patrimônio audiovisual brasileiro e para o reconhecimento desse patrimônio pela sociedade? Para refletir sobre essas questões fundamentais, a Secretaria do Audiovisual (SAv)/MinC), as duas cinematecas mais antigas do país e as experiências exitosas da Rede de Bibliotecas Cinematográficas da América Latina, Caribe e Espanha (BiblioCi) e o programa Acervos em Rede do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), trouxeram diversas reflexões para novas iniciativas de trabalho em rede entre arquivos audiovisuais brasileiros.

Hernani Heffner, gerente da Cinemateca do MAM | RJ, trouxe conceitos pautados por uma gestão descentralizada, com orçamento participativo e administração coletiva e colaborativa. Um modelo de autogestão que prepara os colaboradores para serem autogerenciáveis.

Outros destaques

  • Cortejo de arte

A programação ainda contou com o tradicional cortejo que percorre as ruas sobre a regência e animação das bandas, grupos e artistas convidados novamente foi um capítulo à parte, numa mistura de ritmos e sonoridades que contagiam o público.

  • Exibição de As Linhas da Minha Mão

No documentário de João Dumans, a atriz Viviane de Cássia Ferreira fala sobre sua experiência com a arte e a loucura em encontros imprevisíveis. O filme é ao mesmo tempo o retrato de uma mulher e um estudo sobre esse mesmo retrato.

“Estar em Ouro Preto, eu só consigo agradecer, sem vocês não faria sentido a gente fazer arte. Eu sou aposentada por invalidez, mas eu consigo fazer meu trabalho de arte, isso tem a ver com a minha felicidade e o meu orgulho em apresentar um trabalho em que sou estrela de cinema em uma cidade que é patrimônio histórico”, disse a atriz.

 

Veja a cobertura completa do Prodview!

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