Rio2C: Como uma Film Commission pode impulsionar seu projeto?

O Rio2C recebeu os coordenadores de Film Commissions brasileiras para falarem sobre o papel, relevância e incentivos das organizações, além de compartilharem cases de sucesso de obras internacionais. A Rebrafic (Rede brasileira de Film Commissions) também fez importantes atualizações ao mercado.

Participaram do painel Daniel Celli (São Paulo Film Commission), Denise Holleben (Bento Gonçalves Film Commission), Tânia Pinta (Rio Film Commission) e Paulo Salvi (Garibaldi Film Commission) com mediação de João Roni, sócio da Ocean Films.

 

Rebrafic sob nova direção anuncia melhorias

Durante o painel, André Faria, que nos últimos dois anos atuou como gerente administrativo na Rebrafic, comunicou oficialmente a passagem de Steve Solot da direção para o Conselho, em virtude de sua contratação na Netflix. Com isso, André assume a direção da entidade.

Dentre as recentes melhorias, a Rebrafic comunicou que a partir de agora não cobrará mais anuidade dos associados, focando a atuação em fornecer serviços como consultorias e treinamentos com a finalidade de abrir novas Film Commissions.

A decisão foi tomada por que durante 2018 cinco Film Commissions foram fechadas e como um dos principais entraves era a cobrança, a Rebrafic optou por extingui-la.

A Rebrafic quer ampliar ainda mais seu escopo de atuação ao propagar e apoiar o conceito de Film Commissions no Brasil, monitorando, organizando e permitindo a formação de outras no País. (Veja o histórico de atuação da entidade em 2018).

“Identificamos que a cobrança de anuidade estipulada estava se tornando um entrave porque não só tinham Film Commissions fechando, mas outras não conseguiam arcar com as despesas. Baseado nisso, extinguimos a cobrança de anuidade dos filiados e vamos focar nossa atuação em prestar serviços dedicados para a abertura de novas Film Commissions, cursos e workshops, como já fizemos em Florianópolis e em Cuiabá. Entre cobrar e ter o apoio político, preferimos que elas estejam no nosso guarda-chuva”, disse André Faria.

Outro entrave apontado foi que nem toda Film Commisison tem CNPJ para poder se associar, item que até então era obrigatório, ou seja a maioria utilizava nomes fantasia dentro das secretarias. Com isso, a Rebrafic está estudando e formulando uma nova maneira de facilitar a filiação sem CNPJ, seja por meio de um termo de compromisso ou algum outro documento. “Com mais essa ação, queremos filiar todas as Film Commission do Brasil”, afirmou.

Em outra ocasião, o atual diretor da Rebrafic pontuou a importância das Film Commissions na facilitação das produções e também na formação de mão de obra capacitada, principalmente tendo em vista, anúncios recentes de apoios ara produções nacionais, como ocorreu com a Netflix durante o evento que previu novas 30 produções ainda em 2019.

“Será que teremos mão de obra capacitada em todas esses locais onde teremos produções ocorrendo? Por isso, precisamos ter mais Film Commsisions espalhadas pelo País. Há regiões, por exemplo, no Nordeste, em que não tem nenhuma Film Commission funcionando e isso é preocupante”, alertou André.

 

Participação da Garibaldi

“O fato de Garibaldi ter sido escolhida como case deste megaevento realmente nos orgulha muito. Poder falar de nossa cidade, sua cultura e turismo, da estrutura para receber novas produções audiovisuais por meio da Film Commission foi uma oportunidade única para ampliarmos a promoção de Garibaldi”, disse Paulo Salvi.

Para ele, a identidade como Capital Brasileira do Espumante, na Serra Gaúcha, o fato de pertencerem ao Vale dos Vinhedos, um centro histórico preservado, paisagens típicas e referências de imigrações diversas torna Garibaldi uma cidade muito rica culturalmente e com muito potencial de receber gravações.

“Mais do que divulgar nossa cidade, destaco a importância do evento na troca de informações com um público interessado em construir em suas cidades uma organização para atrair iniciativas como a Garibaldi Film Commission“, completa.

 

Apoio da Rio Film Commission – Cases bem sucedidos

A apresentação da Rio Film Commission, escritório de apoio à produção da cidade do Rio de Janeiro, em funcionamento ininterrupto desde 2014, rememorou como foi o apoio prestado a algumas das produções atendidas. Entre os casos de sucesso, foram citados o videoclipe “Pesadão”, da cantora IZA, e a série “Coisa Mais Linda”, lançada em março na plataforma Netflix.
Em 2018, a Rio Film Commission atendeu 365 produções que foram realizadas na cidade e prevê atingir bons números neste ano. “Só no primeiro trimestre de 2019, foram 101 produções atendidas, o que nos faz acreditar que vamos superar o ano de 2018, prestando apoio a mais de 400 produções”, disse Tânia Pinta, que passou a integrar a equipe da RFC em 2014, como gerente de atendimento, para posteriormente em 2017 assumir como coordenadora

 

App da SP Film Commission repaginado para facilitar acesso aos pedidos

Na ocasião, também foi anunciada a nova versão do aplicativo da São Paulo Film Commission. Que, a partir de agora se chamará “Filme SP” e vai disponibilizar um link direto para o sistema de solicitação de filmagens com um selo dedicado às locações mais amigáveis ao audiovisual.

Outra funcionalidade do app é a seção “Filmado Aqui”, onde é possível ver algumas das filmagens que passaram por uma determinada locação.

 

Mercado comenta Film Commission Estadual no Rio de Janeiro

A retomada da Film Commission Estadual no Rio de Janeiro, agora com o nome de Rio Office Film Commission também foi comentada no Rio2C, logo após o anúncio do secretário de estado de cultura e economia criativa, Ruan Lira no painel “ Inovações do Projeto SECEC-RJ”.

A gestora Tatiana Mesquita, comentou que o lançamento foi muito bem visto e o site estará em funcionamento em no máximo 30 dias, com locações e um mailing de serviços em todo o estado, onde fornecedores poderão se inscrever gratuitamente. As produções que desejarem alguma ajuda, poderão entrar em contato.

Ela citou que já há termos de cooperação em fase de assinaturas. “É muito importante essa união e diálogo com as outras Film Commissions , não só para agilizar as produções , mas também pela troca de informações e qualificação de todo o mercado audiovisual. Com certeza, o Brasil só ganha com isso”, disse.

*Veja a cobertura completa do Rio2C.

*Fotos Taty Larrubia

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